segunda-feira

Histórias soltas...#10

Quando eu estava na mata sossegado, uns homens com serras cortaram-me. Como eu era muito grande e largo tive de ocupar o camião todo.
Já só cabiam lá mais três árvores, e pequenas.
Oiço o camião a andar e chego a uma loja que tinha outras árvores grandes para natal. Entretanto, oiço um carro a chegar para me levar para uma casa e fiz outra viagem até lá. Cheguei à casa e meteram-me no jardim.
O pai de muitas crianças disse:
- Agora vamos enfeitar a árvore com bolas e luzes.
Rodearam-me de presentes e, na noite de natal, juntaram-se todos e abriram os presentes.
A mãe recebeu um perfume, o pai teve uma camisa, a irmã do João uma boneca, e o João, uma viola.
João pegou na viola e começou a cantar dizendo:
- Hoje é dia de natal.
Estamos juntos e abrimos presentes,
Com uma caixa e papel,
Posso fazer um presente.
Todos gostaram da música especialmente eu. A partir daí passei a fazer parte da família.



Daniel Ferreira
Era uma vez um pinheirinho que estava na mata e de repente, já estava numa loja cheia de pinheiros para venda.
O único problema é que ele tinha um ramo que era muito comprido, então ninguém o comprava e ele cada vez ficava mais, mais e mais sozinho.
Um dia, um menino foi à beira dele e disse:
- És tão lindo!
O avô perguntou:
- É essa? Tem um ramo tão comprido!
O neto disse: - Eu quero! Eu quero! Eu quero!
Pronto - disse o avô.
Foram os dois à beira da empregada e o avô disse:
- Quanto custa aquela árvore?
A senhora respondeu: - Apenas cinco euros.
Já em casa, enfeitaram a árvore com fitas, bolas, estrelas e um pássaro no ramo comprido.
No dia vinte e quatro, o menino foi ver os presentes e tinha muitos. Ele recebeu um cão, um carro, uns patins, uma bicicleta…
Foi um dia feliz, e esse pinheirinho agora enfeitado era eu!



Daniela Ribeiro